Núcleos envolvidos
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festival do livro e da literatura

Parcerias com escolas, instituições locais
e universidades fortalecem festa do livro

Equipes de dez escolas de São Miguel e arredores se engajaram na programação de 2013 do Festival do Livro e da Literatura de São Miguel, por meio da realização de atividades educativas gratuitas para crianças e jovens. Houve criação de textos, declamação de poesias, exposições de fotos e trabalhos, saraus e rádio de rua.

Outros dez estabelecimentos de ensino participaram como público. Em paralelo, professores e alunos da Universidade Cruzeiro do Sul elaboraram intervenções literárias na praça Morumbizinho. No mesmo local, estudantes da EACH – USP Leste organizaram dez editoras, que venderam centenas de livros com descontos de até 50%. Instituições como o Instituto Alana também se uniram às ações nos três dias.

Ângela Fernandes, assessora da Pró-Reitoria da Universidade Cruzeiro do Sul, vê na parceria com a Fundação a oportunidade de fortalecer essa grande festa. “Na fase de planejamento, pudemos trocar impressões e ideias, e isso foi nos fortalecendo, o que resultou em uma programação mais afinada com os objetivos de todos os envolvidos”, relata. A universidade também cedeu auditórios e espaços para atividades como a Conversa com Autor, que atraiu centenas de graduandos.



A EMEI Graciliano Ramos e a EE Shinquichi Agari prepararam ações para estimular a participação de moradores, educadores e alunos em um encontro sobre crônica, conto e poesia. “No sábado, além de uma exposição de trabalhos das crianças a partir de obras que haviam lido, tivemos as poesias declamadas pelos alunos e, depois, a participação do coral do grupo Viva Vida, em conjunto com a Biblioteca Municipal Vicente de Paulo Guimarães”, relata a coordenadora pedagógica da EMEI Graciliano Ramos, Denise Marcy.

Denise enfatiza a importância de instituições atuarem em conjunto, visando ao desenvolvimento educacional do público, sobretudo na periferia. “Conhecemos o trabalho da Fundação e nos sentimos muito felizes em colaborar. São Miguel merece um trabalho bem planejado e realizado com qualidade”, disse. “Esperamos participar de mais eventos dessa natureza e com o apoio de profissionais preocupados com a leitura para adultos, jovens e crianças nessa região, que é tão rica em cultura e tão pouco valorizada.”

A EMEF Almirante Pedro Frontin enfeitou com ilustrações e livros a Rua da Integração (rua Nabor de Moraes, entre ela e o CDC Tide Setubal), participou de cortejo e sediou oficina de crônica. “Essa nossa primeira parceria no Festival foi benéfica para a comunidade escolar, na medida em que contribuiu para diversificar as atividades extracurriculares para os alunos. Um desafio para o próximo será aperfeiçoarmos a comunicação entre os vários envolvidos para melhorarmos as diferentes ofertas”, observa Sofia Sayed Rossi, assistente de diretoria da EMEF.



Comunidade leitora e integrada

Para Valdeni da Silva, professor de ensino básico da EE Shinquichi Agari, onde também é orientador da sala de leitura, foram momentos positivos e gratificantes. A escola promoveu a Rádio de Rua com contos e crônicas e a apresentação de um grupo de frevo. “Participamos pela primeira vez e foi tão importante que já estamos pensando no ano que vem.” Segundo ele, o Festival está alinhado às propostas pedagógicas da escola e ao objetivo de formar uma comunidade leitora. “A ‘árvore literária’ foi muito bonita. Vimos estampados o sorriso e a alegria no rosto de quem recebeu um livro sem ter que pagar por ele. As pessoas pareciam estar sonhando e achando que aquilo não era verdade”, declarou.

A EMEF José Honório Rodrigues também deu sua contribuição, distribuindo marcadores de página com dicas literárias e colocando no ar uma Rádio Ao Vivo, juntamente com a EE Reverendo Urbano. “Acompanhamos o Festival desde 2010 como espectadores e, em 2012 e 2013, atuando com intervenções. Em nosso planejamento anual já incluímos a festa como projeto a ser desenvolvido”, explica Marli Viana da Cruz, coordenadora pedagógica da escola. “Conseguimos atingir nosso objetivo de envolver mais alunos e professores, ampliando a qualidade das ações, além de ajudar a criar a consciência da necessidade de ocuparmos cada vez mais os espaços públicos com cultura, lazer, integração, diversão e conhecimento.”

Para Elani Tabosa do Nascimento, bibliotecária responsável do Instituto Alana, “ter a Fundação como parceira na condução desse festival é algo valioso e de muito aprendizado para a comunidade do Jardim Pantanal e para o Alana”. Segundo ela, a expectativa é que a rede de instituições envolvidas seja ampliada, para que o evento seja multiplicado. “Espero que, cada vez mais, possamos conquistar não só mais leitores, como também mais políticas públicas para o livro e a leitura”, completa.