Núcleos envolvidos
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A conexão dos jovens com as redes sociais e com o universo da internet é rápida e diversa. Em dois ou três cliques, eles conversam com os amigos, postam uma nova foto no Facebook ou assistem ao vídeo da banda preferida no YouTube. #diversão e #comunicação. Mas como incluir essas ferramentas no aprendizado em sala de aula para uma geração que já nasceu clicando? Esse é o desafio dos professores orientadores de informática educativa (POIEs). A Fundação Tide Setubal contribuiu com esse percurso com o curso Convivência e a Comunicação na Educação Contemporânea.
A parceria estabelecida com a Diretoria Regional de Ensino de São Miguel (DRE) reuniu 97 professores em encontros que, por meio de leituras, dinâmicas, debates e oficinas, refletiram sobre a aproximação educador-educando e a criatividade no uso da tecnologia, inovando o aprendizado. Nesse encontro, o Núcleo de Comunicação Comunitária e o Núcleo Mundo Jovem se uniram na elaboração da proposta com base na educomunicação e na atuação com juventude e projetos de vida.
Para começar, o grupo produziu um programa fictício de TV, O Mais POEIs e Você, dando visibilidade para experiências bem-sucedidas nas aulas de informática. A apresentação proporcionou uma troca animada sobre práticas educativas e também um exercício criativo para novas dinâmicas em aula. No encontro seguinte, filmes como Escritores da Liberdade e textos do educador espanhol Jorge Larossa inspiraram dinâmicas sobre o papel da escola e do educador e a relação com os alunos, com suas famílias e com o território. A percepção da juventude contemporânea e o diálogo entre a escola e o território como espaços educativos integrados foram base para o exercício prático proporcionado pela oficina de fotografia. Nela, os professores captaram imagens e símbolos do território.
A avaliação aplicada no final do curso revelou a satisfação dos professores com a formação. O questionário foi respondido por 76 dos 93 participantes. Em relação ao conteúdo das aulas, em uma escala de 1 a 5, 75% atribuíram nota 5; 40% atribuíram a boa avaliação dada à formação pela metodologia e pelos materiais usados durante o curso. Na pergunta sobre do que mais gostou, a condução do trabalho e a atuação dos formadores aparecem em primeiro lugar com 50% das respostas. Em segundo, a participação do grupo, com 31%. Para a pergunta “por que o curso contribuirá de fato para o seu trabalho?”, 56% dos professores apontaram o potencial de aplicabilidade que enriqueceu a prática. Reflexão e mudanças das práticas profissionais foram apontadas em 26,3% das respostas; e oportunidade de troca de experiências por 16% dos professores.
A continuidade nas formações foi a sugestão de 42% dos participantes e esse processo já se estabeleceu para 2014, ano no qual os POIEs serão líderes no processo de orientação dos Trabalhos Colaborativos Autorais (TCA), realizados pelos alunos do ciclo autoral, segundo a política do Mais Educação. Os TCAs são projetos de intervenção social em seus territórios e os professores devem apoiar reflexões críticas sobre suas realidades, além de produzir trabalhos que sistematizem seus aprendizados.
Para a Fundação Tide Setubal, a parceria contribui para o diálogo permanente sobre a escola em seus aspectos pedagógicos, didáticos e de convívio na perspectiva de uma relação conectada à realidade do território, fundamental para a educação como elemento do desenvolvimento local sustentável.
Fotos: Vanderson Atalaia
